Pokémon agora é cripto: cartas tokenizadas viram febre entre colecionadores

Se você colecionou cartas de Pokémon na infância, talvez nunca tenha imaginado que elas também teriam espaço no mundo das criptomoedas. Mas é exatamente isso que está acontecendo. Hoje, os cards não estão apenas em pastas ou vitrines: eles foram tokenizados e transformados em uma nova forma de investimento digital.

O que antes era apenas um hobby físico agora se conecta com o universo Web3. Investidores e colecionadores estão comprando NFTs que representam cartas reais, criando uma ponte entre nostalgia e inovação.

O que são cartas tokenizadas de Pokémon

Uma carta tokenizada é a versão digital de um card físico. Em outras palavras, quando você compra esse NFT, está adquirindo também o direito sobre a carta real que fica armazenada com segurança por empresas especializadas.

Projetos como o Collector Crypt estão liderando essa tendência. A proposta é simples, mas ambiciosa: transformar a coleção de cartas em um ativo da economia descentralizada. Isso significa que você pode comprar, vender e até usar seus cards digitais em operações financeiras dentro do universo cripto.

Como funciona esse novo modelo de colecionismo

No Collector Crypt, os usuários compram pacotes com NFTs aleatórios. Eles podem revelar cartas raras, míticas ou comuns, lembrando muito a experiência de abrir boosters tradicionais.

Se a carta obtida não agradar, ainda existe a opção de trocá-la por 90% do valor de mercado em plataformas secundárias, como o eBay. Essa espécie de garantia tem atraído mais pessoas para o projeto, já que oferece uma camada extra de segurança para quem ainda desconfia do formato.

O projeto CARDS e a explosão de valor

Um dos maiores destaques desse mercado é o token CARDS, criado pela Collector Crypt na rede Solana. Logo após o lançamento, o ativo valorizou mais de 200% em apenas um dia, atingindo um market cap próximo a 85 milhões de dólares.

Embora o preço tenha caído depois, o interesse continua alto. No entanto, analistas alertam para riscos importantes, já que o desenvolvedor do token mantém o poder de alterar a oferta total. Isso gera desconfiança entre investidores mais conservadores, mesmo diante do entusiasmo do público cripto.

Outros projetos de cartas tokenizadas

O Collector Crypt não está sozinho. Plataformas como a Courtyard, baseada na rede Polygon, já tokenizaram mais de 3 milhões de cartas. Em agosto, o marketplace registrou quase 78 milhões de dólares em vendas secundárias envolvendo Pokémon NFTs.

Outra iniciativa é a Phygitals, que aposta em ideias diferentes, como transformar cada personagem em uma espécie de moeda digital. Além disso, a plataforma simula sistemas parecidos com máquinas de pegar prêmios online, tornando o processo mais lúdico.

Um futuro conectado às finanças descentralizadas

O próximo passo dessa tendência pode estar nas finanças descentralizadas (DeFi). A ideia é permitir que NFTs de cartas sirvam como garantia para empréstimos, sem a necessidade de vendê-los.

O próprio Collector Crypt já anunciou planos para liberar essa funcionalidade, enquanto outras plataformas exploram conceitos ainda mais ousados, como transformar personagens clássicos em criptomoedas próprias. Imagine um Pikachu que funciona como token digital… esse cenário pode não estar tão distante.

Pokémon e o futuro do colecionismo digital

Trazer cartas de Pokémon para o ambiente blockchain pode soar estranho à primeira vista. No entanto, faz sentido quando pensamos em como o colecionismo sempre foi movido por paixão, escassez e comunidade.

Se essa onda continuar crescendo, pode representar o futuro das coleções digitais. Para quem tem interesse em tecnologia e nostalgia ao mesmo tempo, este pode ser o momento ideal para mergulhar nesse universo. Afinal, as cartas que marcaram a infância agora também têm valor no presente digital.

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